Arqueólogos decifram padrão misterioso. Mistério da "Montanha da Serpente" resolvido.

Agora, uma equipe de cientistas da Universidade de Sydney apresentou novas evidências que podem finalmente revelar o verdadeiro propósito deste lugar extraordinário.
Como explica o autor principal, Dr. Jacob Bongers, um arqueólogo digital, drones especializados foram usados para mapear a área com precisão. Descobriu-se que os buracos não estavam dispostos aleatoriamente — eles formavam padrões geométricos que lembravam os quipos incas, um sistema de registro de informações usando cordas e nós.
“Esta é uma descoberta extraordinária que amplia nosso conhecimento sobre as práticas contábeis antigas nos Andes e em outras regiões”, acrescenta o cientista.
Monte Sierpe. Antigo centro comercial?A análise do solo revelou novas pistas. Vestígios de milho e juncos, usados para tecer cestos, foram encontrados nos buracos. Isso pode indicar que o local funcionava como um mercado pré-inca, uma espécie de feira de rua.
"Comerciantes itinerantes, pescadores e agricultores podem ter se encontrado aqui para trocar mercadorias. Esses poços podem ter sido uma forma de tecnologia social, um espaço que conectava as pessoas", disse o Dr. Bongers ao sciencedaily.com.
Monte Sierpe situa-se entre dois centros administrativos incas, numa zona ecológica estratégica que liga as montanhas à costa. Os investigadores acreditam que o Reino de Chincha pode ter criado este posto comercial, e que os incas o transformaram posteriormente num sistema de contabilidade e de liquidação.
Drones revelam padrões ocultos dos AndesEmbora o Monte Sierpe seja conhecido desde 1933, quando as primeiras fotos foram publicadas na National Geographic, seu verdadeiro significado permaneceu um mistério por muito tempo. Somente drones possibilitaram a criação de um mapa detalhado da área.
"Até a introdução da tecnologia de drones, a área do Monte Sierpe era extremamente difícil de mapear. Agora vemos que este local tem enorme importância científica", afirma o professor Charles Stanish, da Universidade do Sul da Flórida.
As análises mais recentes confirmam que Monte Sierpe pode ter servido como armazém, ponto de redistribuição e centro de contabilidade de mercadorias. A equipe agora planeja pesquisas adicionais para determinar quais espécies de plantas e produtos podem ter sido armazenados ali. "Essa descoberta não apenas nos aproxima da compreensão da história dos Incas, mas também demonstra como a ciência pode desmistificar crenças populares e restituir às comunidades indígenas seu patrimônio cultural", conclui o professor Stanish.
A pesquisa foi publicada em 10 de novembro na prestigiada revista Antiquity e contou com o apoio da Universidade de Sydney, da Universidade do Sul da Flórida e do Ministério da Cultura do Peru.
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Wprost




